Coffee Break

Certo médico habilidoso nas escritas e amante da verdade tomou a decisão de, segundo ele mesmo, por em ordem a narração dos fatos que na sua época estavam ocorrendo. Com o desejo de que seu amigo conhecesse a certeza das coisas, que na verdade, já estava informado, convenientemente passou a descrevê-los. Caro Amigo… (grifo meu) quando Jesus ressuscitou Ele seguiu em direção a um lugar chamado Emaús. Enquanto seguia pelo caminho ele se encontrou com dois de seus discípulos que não puderam reconhecê-lo. Absorvidos pelas suas tristezas, enquanto caminhavam aqueles homens refletiam nas suas decepções e frustrações em relação à morte do Filho de Deus, em quem eles haviam colocado toda a sua confiança. Jesus se aproximando lhes pergunta por que estavam tão exaltados, quando eles se mostram Indignados pela desatualização de Jesus em relação aos acontecimentos. Jesus só podia ser de outro planeta para não saber “o babado do momento”, pensavam eles. Seria ele marciano, ou era lesado da cabeça? Sem se importar com o espanto daqueles homens, Jesus continuou andando ao seu lado ouvindo e também interagindo sobre os fatos que os havia marcado naqueles dias. -Ele nos chamou pelo nome, nós vimos os milagres e sentimos o seu poder! -Ele nos proferiu palavras de fé e esperança, tínhamos mesmo em nosso coração que Ele era o Filho de Deus, que Ele era aquele que viria e remiria a Israel! Ele morreu. Então Jesus lhes disse: -Como vocês demoram a entender e crer em tudo o que os profetas disseram! -Como?! -Não sabem que era preciso que o Messias sofresse e assim recebesse de Deus toda a glória?! Continuando rumo aos seus destinos, foram trocando conhecimentos e anseios até chegarem ao local em que deveriam parar. Jesus então manifestou seguir viajem quando foi convidado a ficar até o dia seguinte. Como bons anfitriões, aqueles homens prepararam uma boa refeição para fazê-la com o Mestre. Escreveu Lucas que no momento em que compartilhava dos pães com eles, Jesus lhes abriu o entendimento espiritual. Mas da mesma forma como surgiu junto deles, também desapareceu, deixando-os “encucados”, porém com uma certeza – haviam estado com o próprio Cristo. Como diriam os nossos jovens hoje, Jesus “causou” naquele lugar antes de desaparecer diante dos seus olhos como um vapor. Estar diante do Ungido de Deus e saciar-se da Sua presença e dos seus mistérios produziu naqueles moços um novo ânimo. Aquele episódio despertou neles vontade de viver e espalhar que o Remidor não está morto, mas vive. A sequência do texto de Lucas 24 nos mostra que na primeira chance que tiveram, os discípulos se apressaram e correram para dividir a novidade com os apóstolos. Não sei exatamente o que tinham em mente, mas foi o suficiente para motivá-los a espalhar as “boas novas”. Enquanto cumpriam seus propósitos e explicavam o ocorrido, e, como no partir do pão os olhos deles foram abertos, foram surpreendidos mais uma vez pela presença do Filho de Deus, que se apresenta diante deles com a pergunta chave deste texto: “Por que estão perturbados, e por que sobem tais pensamentos em seus corações?” Talvez, os apóstolos em algum tempo teriam sido vítimas de falsos profetas, e por isso, diante de uma “possível” decepção desconsideraram as palavras do Senhor quando disse que o Filho do Homem seria crucificado… mas ressuscitaria. Foi necessário que tivessem o entendimento aberto para não permanecerem afastados da verdade que sustentava lhes a alma e o espírito. As decepções enfrentadas e o cansaço pela espera de ver algo extraordinário acontecer em nossa vida, muitas vezes nos trazem perturbações, nos fazendo desistir dos sonhos, das promessas e dos projetos de Deus para nós. Refletindo sobre os conflitos dos discípulos, e trazendo para o nosso contexto feminino, poderíamos nos perguntar: O que teria capacidade de deixar uma mulher do século XXI perturbada? O que teria poder para nos perturbar nos dias atuais? Haveria alguma coisa que tire a paz das mulheres desse tempo? São três formas de fazermos a mesma pergunta, mas que nos direcionam para a mesma resposta. Então, não importa a pergunta que mais nos pareceu simpática, mas o que está implícito no nosso emocional ao respondê-la. Passamos o ano inteiro desejosas de alcançar nossos objetivos e vermos as profecias se cumprirem em nossa vida. Quando o ano se finda damos um “break” para avaliarmos os resultados das buscas incessantes que tanto nos fadigou. Os resultados recorrentemente a cada ano se repetem: Alguns projetos nos dão alegrias, em outros sofremos frustrações, e, desmotivadas deixamos outros pelo meio do caminho. Concluindo a avaliação, descobrimos que tivemos perdas e ganhos, porém deparamos com a realidade de que o nosso “sucesso” profissional não nos garante uma alma saciada. Fica patente que casamento “perfeito”, os filhos bem instruídos, e, a vida social “funcionando bem”, também não nos garante o selo de “Bem Aventuradas”. Então nos valemos do novo tempo que se inicia e nos agarramos às profecias, aos prognósticos que nos animam. Eles marcam a virada renovando a nossa esperança. Reabastecemo-nos de fé e força e nos enchemos de expectativas, avançando a passos largos em busca das novas propostas. Vista pelo mundo através da mídia, as mulheres são apresentadas pelas “Redes Sociais” de forma a assustar, e, até a surpreender uma boa quantidade de homens, com seus perfis que se sempre perfeitos. Porém, quando a sua autossuficiência a faz confiante e capaz de desprezar e desfazer de valores espirituais que trariam plenitude para a sua alma e espírito, ela acaba por criar um perfil irreal, fictício, com intuito de apelar para a sensibilidade daqueles que os veem. Num grito desesperado por notoriedade ela tenta mascarar através dele o medo do abandono e da solidão que insistem em lhes fazer companhia constantemente. Elas se escondem atrás da maquiagem, dos sorrisos, das palavras sem som, e das imagens previamente escolhidas, para disfarçarem os seus verdadeiros sentimentos. Seria este um fenômeno novo que está ocorrendo entre as mulheres?! Esta mulher que o mundo está se prostrando diante das suas versatilidades merece viver esse triunfo, porém deve estar atenta aos “pequenos” detalhes, para não perder o foco e nem mesmo o cumprimento das promessas de Deus para a sua vida. Nenhuma mulher, em tempo algum, há milhões de anos passados ou a milhões de anos futuros pode, ou poderá ser plena em si mesma. Nenhuma de nós andará satisfeita sem que considere a Palavra do Senhor. Ela precisa trazer a memória que o Senhor a chama de “mais que vencedora”, a capacitando para viver uma vida de abundantes vitórias, quando ela atenta aos detalhes que permeiam a sua vida espiritual, os quais são à base da sua segurança. O apóstolo Paulo nos orienta a trazermos à memória aquilo que nos traz esperança. Dirigindo-se a nós que temos experimentado milagres de transformação de caráter, o Príncipe da Paz, que nos libertou das inseguranças, dos medos, e dos traumas nos fita nos olhos e nos pergunta: Por que estão perturbadas? Seriam as rugas que começaram a surgir, ou as comparações, quem sabe a falta de apoio, ou mesmo a desonra do esposo… quem sabe o desrespeito dos filhos… o medo da solidão e do abandono…o descaso da sua liderança? Poderiam ser estas as razões das suas inquietações e pavor? O Senhor se apresenta para caminhar conosco e nos instruir. Porem Ele quer ir, além disto. Seu desejo é que nós o convidemos para entrar em nossa casa. Seu anseio é nos dar do seu alimento e assim abrir o nosso entendimento. Se você, mesmo após andar um tempo com Jesus, já está cansada e a noite chegou sem que você visse a solução para o seu problema, saiba que ao gastar um tempo para ter comunhão com Cristo, Ele te alimentará porque é na comunhão que somos alimentadas. É na comunhão que recebemos a porção que nos reanimará e nos motivará outra vez. O Salvador se oferece como pão da vida e nos apresenta suas mãos para que vejamos as provas do seu amor. Hoje Jesus nos pergunta o que nos perturba porque Ele é a nossa provisão. Se Deus lhe fez promessas, creia, elas se cumprirão, porque Ele não é homem para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria Ele, e não faria? Ou falaria, e não confirmaria? A nossa estabilidade emocional e a nossa segurança virá quando eu e você estivermos interligadas com o Espírito Santo, identificando-o enquanto caminhamos e absorvemos todo o seu ensino. É necessário que assim como foi com os discípulos, que nós também tenhamos o nosso entendimento aberto para não nos afastarmos das verdades do Evangelho que nos sustentam na presença de Deus. Viveremos o glamour e as mais ricas experiências que qualquer mulher pode viver, quando nos dispormos para sermos nós mesmas, lidando em paz com o nosso “eu” e deixando Jesus ser Deus em nossa vida. Ainda veremos cumprir tudo o que de nós está escrito no livro da vida “… Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas…, quando nem ainda uma delas havia…”. Deus nos abençoe!